quinta-feira, 25 de agosto de 2011

CALDEIRÃO TÉRMICO, NOVIDADE NA ACIMAQ.


SOPA DE PEDRA.
Este caldeirão térmico e bastante usado em mais de 50 paises, muitos como Portuga usa para sopas e feijao, e em especial a SOPA DE PEDRA, saiba mais:
A Sopa da Pedra, será talvez, uma das mais saborosas sopas deste país. Basicamente é um aproveitamento de vários ingredientes, tendo cada pessoa a sua versão, não deixando por isso de ser tão boa. Digamos que é um cartão de visita do Ribatejo, onde parece que ela nasceu.

Mas gira em torno dela uma lenda de como foi "inventada", e como toda lenda, tem um fundo moral. Então, vou contar aquilo que sei sobre esta sopa.

Na época que as tropas francesas invadiram Portugal e a família real deu de fosques para o Brasil, o país estava em plena convulsão de batalhas e lutas pela soberania.
A população, com medo e desconfiada, não via com bons olhos a chegada de qualquer desconhecido em suas aldeias.

E é nesse clima, que um frade franciscano chega à uma pequena povoação algures no Ribatejo. Com fome e necessitando de abrigo, bateu a várias portas pedindo a caridade de uma malga de sopa e uma enxerga para passar a noite. O povo, nem sequer lhe abria a porta, temendo que fosse um espião ao serviço dos franceses.O frade ficou intrigado com o comportamento da população. Mas teve uma ideia luminosa.

Bateu de novo à uma porta e pediu emprestado um caldeirão onde pudesse fazer uma sopa única e deliciosa. A Sopa da Pedra. Intrigados, os donos da casa deram-lhe um caldeirão e depois puseram-se a janela para ver que raio de sopa sairia de um caldeirão sem mais nada do que água e uma pedra.

O frade vai para perto do fontanário, lava bem uma pedra, coloca-o dentro do caldeirão, acende o lume, enche-o de água e com um pau começa a mexer como se de uma sopa se tratasse. Por essas alturas, toda a povoação estava por detrás das janelas observando esse espectáculo insólito.

Quando o frade sentiu que todos os olhos estavam postos nele, resolveu falar em voz bem audível.

" Se eu tivesse uma pitadinha de sal, esta sopa ficaria ainda melhor do que já está!"

O casal que tinha emprestado o caldeirão, resolveu sair de casa e perguntar ao frade tresloucado, se sopa sabia bem. Ele afirmou que estava boa, mas que poderia ficar melhor com uma pitada de sal. Bem dito, bem feito, logo chegou a pitada de sal para o caldeirão.

Mas depois, o frade falou novamente ao casal, que se tivesse uma cabecinha de nabo, ainda ficaria melhor. O casal se desculpou por não ter nabos, mas foram falar com os vizinhos, que de tão curiosos que estavam, não só emprestaram a cabeça de nabo, como foram ver a confecção de tão assombrosa sopa.

O frade cortou o nabo em bocadinhos e deitou para o caldeirão. "Sabem meus irmãos, isto agora parece o manjar dos anjos, se bem que com um punhadinho de feijão ficaria muito melhor."
Outro habitante da povoação se prontificou a dar-lhe o punhado de feijão. E sempre mexendo com o pau a sopa e sorrindo para todos, ia pedindo um novo ingrediente para ela: um pedacinho de chouriça, uma farinheira, orelha de porco, carne de porco, cominhos, cravinho e uma batata partida aos bocadinho. Por último, viu perto de uma eira, um pé de coentro com o qual finalizou a sua sopa. E todos os ingredientes foram dados por cada um dos curiosos habitantes deste povoado. Cada qual deu o que tinha, pouco ou muito, mas sempre levados pela curiosidade de saber, qual o sabor da Sopa da Pedra.

Quando o caldeirão deitava cá para fora aquele cheirinho delicioso, o frade então pediu:

"Meus irmãos, que cada qual vá buscar uma malga para provar desta sopa".

E foram a correr, cada um à sua casa buscar malgas, esquecendo porém, que umas horas antes, tinham negado dar ao frade uma malga de sopa e algum conforto para a noite.

O frade encheu as malgas com a sopa, todos comeram e se deliciaram com ela, no final, o frade explicou que, mesmo nos tempos difíceis, onde não temos grande coisas para dar, podemos nos juntar para fazer algo de muito bom. Por mais modesto que seja o nosso contributo de dar, este, é sempre importante.

O povo envergonhado (mas de pança cheia, diga-se de passagem) entendeu a mensagem. E a receita da sopa, tem passado de geração em geração, embora a mensagem tenha-se perdido pelo meio.

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