domingo, 29 de março de 2015

MATÉRIA ACIMAQ - PROGRAMA PRIVILEGE (TV VITÓRIA)


sábado, 7 de março de 2015

"We can do it":

"We can do it": eficiência não tem sexo

43% dos negócios brasileiros têm "donas"; 8% das mulheres brasileiras são empreendedoras


Facilidade de organização e planejamento, confiabilidade, capacidade de visualizar oportunidades e novos projetos, resiliência. Esses são alguns dos diferenciais das mulheres empreendedoras, segundo Joyce Moysés, autora do livro “Mulheres de Sucesso Querem Poder… Amar”.
Atualmente, existem mais de 5 milhões de empreendedoras no Brasil, o que engloba 8% da população feminina do país. Esses números foram obtidos a partir de um estudo da Serasa Experian, que indicou ainda que 43% dos negócios brasileiros pertencem a “donas”, e não a “donos”.
Renata Kurusu Gancev uniu seu conhecimento e paixão por cafés especiais para fundar em 2013 o Grão Gourmet. Com 33 anos, a empresária diz não ter tido problemas para se firmar no mercado, mas reconhece a cobrança extra.
“O fato de ser mulher não fez muita diferença no início da carreira de empreendedora, a não ser por uma característica, geralmente atribuída à figura feminina, que é a facilidade em fazer diversas coisas ao mesmo tempo. Como hoje cuido do dia a dia da empresa sozinha, tenho que equilibrar vários pratos ao mesmo tempo e não deixar nenhum cair”, explica.

Elas já são maioria nos pequenos negócios

De acordo com o Sebrae, nos últimos dez anos, houve um crescimento de 21,4% do número de mulheres donas de pequenos negócios, enquanto o percentual para homens foi de 9,8%. O estudo ainda apontou que mais da metade (52%) dos novos negócios criados há menos de três anos e meio são comandados por mulheres.
Resultados como esses são significativos e representam algo que vai além de tendências do mercado. As mulheres estão conquistando seu espaço e reconhecimento em áreas anteriormente consideradas como exclusivas de homens, mas ainda há resistências.

Elas conquistam "mercados masculinos"

Thaiana D'Egmont assumiu no início do ano o cargo de CEO da Kickante e desde muito jovem trabalha como produtora de sites e startups, como a Mentez. Ela também atuou como CMO da Vostu e participou da fundação de empresas pontocom, como Tutudo, Mimpit e UniPay.
“Comecei a trabalhar com internet aos 15 anos e sempre corri atrás daquilo que queria. Não podemos ter medo das situações e esperar que sejamos tratadas de maneira diferente (nem pior nem melhor) por sermos mulheres. Fui privilegiada por ter tido personagens femininas muito fortes à minha volta, que me inspiraram e deram forças para que eu não me preocupasse com o que o mercado poderia achar de eu estar ali, fazendo meu trabalho”, comenta Tahiana.
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Para a especialista em marketing digital e diretora da Contenuto Comunicação, Patricia Andrade Ladeira, a desconstrução de estereótipos pode ajudar a provar que o mérito está além das aparências. “Sempre deixei claro que eficiência não tem sexo. No momento em que comecei a atuar profissionalmente, resolvi instituir a competência como parte do meu reconhecimento. Para mim, foi mais difícil provar a minha capacidade porque não sou o protótipo da mulher bonita. Então, foram duas lutas: a estética e a do conteúdo”, afirma.

Quebrando a "Síndrome de Mulher Maravilha"

Desde a década de 70, as questões de gênero vêm sendo discutidas na sociedade brasileira. As relações interpessoais, a estereotipação das mulheres, questões relativas ao trabalho, a equidade de gênero e o planejamento familiar são temas que continuam em alta e são debatidos na esfera pública e no meio virtual.
Além das expectativas criadas em torno da posição da mulher (como dona de casa, esposa e mãe), a sociedade passou a cobrá-la também por seu sucesso profissional. “A expectativa não é mais de que sejamos boas somente com afazeres domésticos e familiares, mas também que tenhamos uma carreira brilhante. É uma síndrome de 'Mulher Maravilha', que não é sustentável”, opina Tahiana, que diz estar aprendendo equilibrar a relação família/negócios, apesar de sua tendência workaholic.
Para Patrícia, construir uma família nunca esteve nos planos, mas ela se casou - e não abdicou de seus sonhos. “Ao contrário de casar, ter família, criar filhos, meu objetivo sempre foi ter uma excelente carreira profissional. Então, sempre estudei, trabalhei e os relacionamentos amorosos ficavam em segundo plano. Porém, em um determinado momento, me vi casada e hoje trabalhamos juntos”, conta.

Desafios

Em um ranking que compara a igualdade de gêneros nos países, o Brasil ficou na 71ª colocação em 2014. Os dados divulgados pelo Fórum Econômico Mundial indicam que o país apresentou uma "ligeira queda na igualdade salarial e renda média estimada" para o sexo feminino, caindo nove posições em um ano.
A partir dos resultados do relatório de Desigualdade de Gênero, o Brasil foi classificado como um dos países mais desiguais no mundo. Juntamente ao Japão e aos Emirados Árabes, o país está no grupo dos que fizeram investimentos na educação das mulheres, mas que não conseguiram inseri-las com igualdade no mercado de trabalho.

Dia Internacional da Mulher

É comum relacionar o Dia Internacional da Mulher ao incêndio ocorrido em uma fábrica têxtil em Nova York no início do século XX, que matou centenas de operárias. Apesar do acidente ter ocorrido de fato no dia 25 de março de 1911 e ser de grande importância para a trajetória das lutas femininas, a criação da data aconteceu bem antes.
O primeiro Dia Internacional da Mulher foi celebrado em maio de 1908, nos Estados Unidos, quando mais de 1.000 mulheres aderiram ao movimento em prol da igualidade econômica e política no país. Mas a escolha do 8 de março veio com o protesto conhecido como Pão e Paz, ocorrido em 1917 na Rússia. Cerca de 90 mil operárias se uniram contra o posicionamento político da Rússia na I Guerra Mundial, as más condições de trabalho e a falta de alimentos.
O marco foi oficializado como o Dia Internacional da Mulher em 1921 e, cerca de 20 anos depois, a ONU assinou o primeiro acordo mundial em prol dos princípios de igualdade entre homens e mulheres. Nos anos 60, o movimento feminista ganhou força e, após a comemoração do Ano Internacional da Mulher, em 1975, as Nações Unidas reconheceram em 1977 o 8 de março.
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